Sobre a Barra.
Desconheço até que ponto o projeto do Dr. Lúcio Costa foi obedecido, mas os defeitos e qualidades do plano hoje visíveis são os da "Carta de Atenas" do nosso L.C.. Não podemos culpá-lo pela sua concepção voltada para o transporte individual, pois na época de sua concepção ainda não tinhamos idéia do impacto mortífero que o automóvel causaria nas nossas cidades, na atmosfera, no planeta. Pelo contrário, havia então um "lobby" mundial contra o transporte coletivo, por parte da industria automobilística (o Henry Ford dizia que seu sonho era que cada homem, na terra, possuísse o seu automovel; na China, no Paquistão, na Índia, então, isto seria uma beleza!).
Considero hoje que a Barra da Tijuca deveria ter funcionado para o Rio de Janeiro como o "Quartier de La Defènce" funciona para Paris; um local onde o novo poderia florecer sem desvirtuar a antiga capital. Mas tal fato não aconteceu, acabaram com o velho Rio e construiram (os especuladores imobiliários), na Barra, uma cidade no mínimo de civilidade duvidosa, plena de barreiras urbanísticas e arquitetônicas, além de destruirem sua bela paisagem silvestre.
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